terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sistema Respiratório



ÓRGÃOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Fossas Nasais

  São duas cavidades que se iniciam no nariz e se estendem até a faringe. São separadas pelo septo nasal, que é uma parede cartilaginosa e na região do vestíbulo nasal, possui pelos (vibrissas) que filtram o ar. Dentro delas existem cornetos nasais, que são dobras que fazem com que o ar tenha movimento turbilhonar (de redemoinho). A mucosa dessa região é rica em vasos sanguíneos, que aquecem o ar, e é revestida por células ciliadas e produtoras de muco (também existentes na faringe, laringe, traquéia e brônquios), que também auxiliam na retenção de micróbios e partículas de poeira. Possui, ainda, células sensoriais que são responsáveis pelo olfato. Com essa estrutura, as fossas nasais (junto com a faringe, laringe e traquéia) são responsáveis por filtrar, aquecer e umedecer o ar, tornando-o mais propício á continuação do processo.

Faringe

  É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório, portanto se comunica com a boca e com as fossas nasais. Nela estão presentes: as cordas vocais, que regulam o ar, fazendo a voz fina ou grossa; e uma cartilagem elástica chamada de epiglote que funciona como válvula, abre e fecha separando a passagem do ar para a laringe, da passagem do alimento para o esôfago.

Laringe

  É a continuação da faringe, a passagem do ar para a traquéia, sustentada por uma peça de cartilagem articulada. Inicia-se pela glote, que é bloqueada pela epiglote no processo de digestão.

Traquéia

  Um tubo de até um centímetro e meio de diâmetro, com paredes reforçadas por anéis cartilaginosos, e que termina em uma bifurcação dando origem aos brônquios.

Pulmões

  Órgãos que estão localizados na caixa torácica à direita e à esquerda do mediastino. O pulmão direito é maior e é dividido em três partes chamadas lobos, o lobo superior, o lobo médio e o lobo inferior. O pulmão esquerdo apresenta apenas dois lobos, um superior e outro inferior. Na face interna de cada pulmão existe o hilo pulmonar, através do qual penetram os brônquios e as artérias pulmonares e emergem as veias pulmonares.

Brônquios

  Numerosos e ramificam-se também numerosamente, como galhos de árvore. Permitem a passagem do ar em direção aos alvéolos. Os brônquios se ramificam a partir do hilo e cada ramo penetra num lobo. No interior do lobo os brônquios voltam a se ramificar, estabelecendo ligações com os diversos segmentos que compõem cada lobo.

Bronquíolos

  Mais delgados, estão entre os brônquios e os sacos alveolares, de onde saem os alvéolos. Dentro deles, os ramos brônquicos, já chamados de bronquíolos, continuam a se ramificar até formarem os diminutos bronquíolos respiratórios, dos quais provém os condutos alveolares. Estes se abrem em dilatações chamadas sáculos alveolares formados pelos alvéolos pulmonares, local onde se processa a oxigenação e a eliminação do dióxido de carbono do sangue. Chamamos de ácinos a estrutura em forma de cachos de uvas que, na verdade, são conjuntos de condutos, sáculos e alvéolos. Essas estruturas são sustentadas por uma fina trama de fibras musculares e envoltas por vasos capilares.

*Complacência Pulmonar

Para expandir os pulmões é necessário um mínimo de esforço, que ocorre naturalmente, na atividade da respiração. A maior ou menor capacidade de expansão pulmonar é conhecida como complacência. Quando a capacidade de expandir está diminuída, diz-se que o pulmão tem a complacência reduzida, ou, em outras palavras, um pulmão com a complacência reduzida se expande com mais dificuldade.
  As condições que destroem o tecido pulmonar, produzem fibrose ou edema, ou que impeçam a expansão e retração pulmonar, tendem a diminuir a complacência. As alterações produzidas pela cirurgia na caixa torácica contribuem para reduzir a complacência do tórax. A circulação extracorpórea, por diversos mecanismos, também contribui para reduzir a complacência pulmonar, no pós-operatório imediato.

*Volumes e Capacidades Pulmonares

  A ventilação pulmonar consiste numa renovação contínua do ar presente no interior dos alvéolos. Para que isso ocorra é necessário que, durante o tempo todo, ocorram movimentos que proporcionem insuflação e desinsuflação de todos ou quase todos os alvéolos. Isso provoca, no interior dos alvéolos, uma pressão ligeiramente, ora mais negativa, ora mais positiva do que aquela presente na atmosfera.
  A ventilação pulmonar pode ser medida pela determinação dos volumes de ar existente nos pulmões, em diferentes circunstâncias. O estudo das alterações nos volumes pulmonares é feito pela espirometria. Para avaliar a ventilação consideram-se os seguintes volumes pulmonares: volume corrente, volume de reserva inspiratório, volume de reserva expiratório e o volume residual.

-Volume corrente (VC) é o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal. Corresponde a aproximadamente 500 ml em um adulto saudável.

-Volume de reserva inspiratório (VRI) é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, durante a inspiração máxima forçada. Corresponde a cerca de 3.000 ml. Isto significa que durante um período de respiração tranquila, se produzirmos uma inspiração máxima, chamada “suspiro”, podemos inspirar um volume adicional de 3 litros de ar.

-Volume de reserva expiratório (VRE) é a quantidade de ar que ainda pode ser expirada, por uma expiração forçada, após o final da expiração corrente normal. Este volume é de cerca de 1.100 ml.

-Volume residual (VR) é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada. Este volume é em média de 1.200 ml.

  As combinações de dois ou mais volumes são chamadas de capacidades pulmonares. As principais capacidades pulmonares são: capacidade inspiratória, capacidade residual funcional, capacidade vital e a capacidade pulmonar total.

  Capacidade inspiratória é a quantidade de ar que pode ser inspirado, quando a inspiração começa ao nível expiratório normal e distende os pulmões ao máximo. Equivale a cerca de 3.500 ml e corresponde à soma do volume corrente e do volume de reserva inspiratóriacorresponde à soma do volume de reserva expiratório com o volume residual.

DIAFRAGMA


  É um músculo estriado esquelético em formato de cúpula. É o principal responsável pela respiração humana,auxiliado por músculos intercostais (músculos que ficam entre as costelas) e outros músculos acessórios. É um tipo de fronteira entre a cavidade torácica e a abdominal. Está coberto pelo peritônio em sua parte inferior e em sua parte superior pela pleura.


Aberturas do Diafragma


  São as aberturar que, caso não existissem, faria o tórax ser totalmente isolado do abdômen. Mas existem essas aberturas para passagem de algumas estruturas.


* Forame da veia cava
  É a abertura no músculo do diafragma que permite a passagem de estruturas entre a cavidade abdominal e torácica. Que se localiza no centro tendíneo.


* Hiato aórtico
É uma abertura no diafragma que serve de passagem para uma parte descendente da veia aorta. Diferente das outras aberturas deste músculo, o hiato aórtico não recebe interferência da contração muscular já que não perfura o diafragma e se localiza posterior ao músculo.


* Hiato Esofágico
É o nome dado a abertura que há no diafragma que permite o prolongamento das partes torácica e abdominal do esôfago.


Movimentos do Diafragma


* Inspiração
Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce , reduzindo a pressão intratorácica e comprimindo as vísceras abdominais. Este feito auxilia na entrada do ar nos pulmões e também a circulação sanguínea na veia cava inferior, a descida do diafragma também traz o aumento do diâmetro vertical do tórax.


* Expiração
Na expiração ocorre o inverso, o diafragma sobe, aumentando a pressão intratorácica e expulsa o ar dos pulmões.


* Outros movimentos
Seus movimentos são importantes para tosse, espirros, parto e defecação. Além de poder determinar desordens como o soluço, que são espasmos involuntários do diafragma que, é basicamente a entrada rápida de ar nas vísceras e fechamento do espermódico da glote.


ALVÉOLOS


  É nos Alvéolos Pulmonares onde se processa a oxigenação e a eliminação do dióxido de carbono do sangue. Os Alvéolos são microscópicos sacos que se encontram nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios, constituindo a última porção da árvore brônquica. São envolvidos por um denso retículo de capilares sanguíneos, sendo assim percorridos por uma película de sangue quase contínua. Os milhões de alvéolos que fazem parte dos pulmões aumentam extraordinariamente a sua superfície, constituindo uma enorme superfície que facilita as trocas gasosas. É nos Alvéolos pulmonares que se realiza a hematose.


HEMATOSE


  É o processo de trocas gasosas que ocorre nos capilares sangüíneos dos alvéolos pulmonares através da difusão de gases: oxigênio e dióxido de carbono.
  Devido a esse processo, mediando o sistema respiratório e o sistema circulatório, o sangue venoso, concentrado em CO2 e convertido em sangue arterial rico em O2, é distribuído aos tecidos do organismo para provimento das reações metabólicas das células.Portanto, a difusão nos alvéolos pulmonares se estabelece por diferenças no gradiente de concentração dos capilares, onde o CO2 difunde-se do sangue venoso em direção ao meio
externo, havendo a oxigenação do sangue a partir do mecanismo inverso com as moléculas de oxigênio na cavidade pulmonar.
  E o gás Oxigênio em maior concentração externa difunde-se no plasma sanguíneo em direção às hemácias, combinando-se com a hemoglobina, passando a ser sangue arterial.




TRANSPORTE DE GASES RESPIRATÓRIOS


  É essencial à manutenção da vida. Por forma a manter o metabolismo celular, nomeadamente a respiração celular, as células precisam receber, constantemente, oxigênio e libertar vários metabolitos, entre os quais o dióxido de carbono. O transporte dos gases é feito pela corrente sanguínea, que assegura o seu fluxo entre os pulmões e todas as células do organismo. No entanto, embora sendo ambos transportados pelo sangue, o oxigênio e o dióxido de carbono utilizam diferentes vias de transporte.
  O oxigênio, inspirado ao nível dos pulmões, difunde-se para o interior dos capilares pulmonares, para o sangue, onde irá ser transportado até as células.
  O principal modo de transporte deste gás respiratório é concretizado através da sua associação à hemoglobina, molécula com a qual tem grande afinidade, estabelecendo uma reação reversível, em que se forma oxihemoglobina (hemoglobina associada ao oxigênio). Nos capilares sanguíneos, junto às células receptoras, o oxigênio desliga-se da hemoglobina e liberta-se do plasma, difundindo-se para as células dos tecidos e órgãos, onde a sua concentração é mais baixa.
  O dióxido de carbono pode ser transportado por três vias: dissolvido no plasma, ligado à hemoglobina e, em maior quantidade, sob a forma de íon hidrogeno carbonato. Embora a formação deste íon possa ser espontânea, ela ocorre a uma velocidade baixa, sendo o processo acelerado pela atuação de uma enzima, existente nos glóbulos vermelhos, a anidrose carbônica. O mecanismo de reação é simples: o dióxido de carbono difunde-se das células para o sangue, reage com a água no interior das hemácias, sob a catálise da anidrase carbônica, formando-se o íon hidrogeno carbonato e H+. O HCO-3 passa para o plasma, onde é transportado, e o H+ liga-se à hemoglobina, acelerando a libertação do oxigênio. A reação é
invertida nos pulmões, libertando-se o dióxido de carbono para o interior dos alvéolos pulmonares.




CONTROLE NERVOSO DA RESPIRAÇÃO


  O ritmo respiratório é controlado por um grupo de células nervosas, situadas no bulbo, um dos componentes do encéfalo. Esse centro é responsável pelo padrão regular da respiração, que é rítmica e involuntária, mas em algumas situações pode se tonar voluntária dentro de certos limites como, por exemplo, a formação dos fonemas da nossa fala. Em situações de repouso nosso corpo passa de 10 a 15 ciclos respiratórios por minuto. O ritmo respiratório está sob influência da informação nervosa que os músculos respiratórios enviam ao bulbo.Sinais São transmitidos do centro respiratório para nervos motores que conduzem impulsos aos músculos intercostais e para o diafragma.
  O centro respiratório é sensível a alterações da oxigenação, do conteúdo de CO2 e da acidez do sangue, onde o aumento dos dois estimulam a atividade do centro respiratório, pois quando a concentração de dióxido de carbono aumenta a respiração se torna mais profunda e rápida, ocorrendo a entrada de mais O2 e consequentemente a saída de mais CO2 até que o nível deste esteja normal.


Autores:


Amamda Bonfim
Elizabeth Santos
Maria Laura Carvalho
Matheus Torres
Rendyson Vinicius
Vinícius D’Lucas.











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